Faço desta minha elegia
Uma efusão de sentimentos
canto o fim da falsidade
E não me faltam argumentos
Me tomaram por ingênuo
Vem-me à tez um torpor
Era homem, era ator?
Onde se esconde aquele
Que antes falou de amor?
Cometeu senão perjúrio
Aos seus pés (do erudito)
Largou ao chão [com toda pressa
Estilhaçou-se a promessa
Como se nada fosse dito
Mas encontrando na palavra
(e é assim que faz poesia)
significado que não carrega
Não seria, o poeta
inventor da hipocrisia?
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