terça-feira, 20 de julho de 2010

Os homens são tão necessariamente loucos que não ser louco seria uma outra forma de loucura. Necessariamente porque o dualismo existencial torna sua situação impossível, um dilema torturante. Louco porque tudo o que o homem faz em seu mundo simbólico é procurar negar e superar sua sorte grotesca. Literalmente entrega-se a um esquecimento cego através de jogos sociais, truques psicológicos, preocupações pessoais tão distantes da realidade de sua condição que são formas de loucura — loucura assumida, loucura compartilhada, loucura disfarçada e dignificada, mas de qualquer maneira loucura. (Ernest Becker, A negação a morte)

Um comentário:

Anônimo disse...

Loucura e liberdade, complexidades e dicotomias... fazem do homem loucos do bem ou loucos do mal! Tudo é um dilema. E mais, se todos são loucos, a loucura é normal e portanto, sã?